domingo, 24 de abril de 2011

tucanos114poa!!! Artigo - A Mãe do PAC virou Madrasta do PAC

domingo, 24 de abril de 2011

O texto a seguir mostra o que foi feito realmente do PAC e das obras que o governo anunciou. Elas estão ainda na estaca zero. No saneamento apenas 0.5% foi feito. Números que o governo não mostra. Na Minha Casa Minha Vida, apenas 10% foram entregues para o público até 3 salários mínimos. A conclusão é muito simples: a crise da oposição existe porque ela não obedeceu rigorosamente a voz das urnas, acompanhando seu trajeto e sua orientação. O pais continua dividido como sempre esteve, com predominãncia do voto oposicionista no sul e sudeste. Dilma, por sua origem branca e imigrante, conseguiu um desempenho um pouco melhor que o de Lula nestas regiões. Agora, o PT tentará ser um partido de classe média, que não é, alarmado com a orientação de FHC para que o PSDB seja o grande Partido da classe média (Lula e o PT tentaram ridicularizar FHC, que apontou o caminho correto para os tucanos). Para fazer isto, terá que ser mais competente do que o PSDB e esquecer sua vocação golpista .Ou abandona sua formação comunista e terceiro-mundista com a teologia da libertação, ou nunca conseguirá atingir a classe média. Leia:

A gerenta

Mary Zaidan - 24.4.2011

Políticos, quando precisam exibir eficiência ou amainar cobranças administrativas, cultivam o hábito de apelar aos técnicos. Uma categoria que no imaginário coletivo não carrega a pecha nem os vícios da política e dos políticos.Foi assim que Lula, político de sensibilidade agudíssima, apresentou Dilma Rousseff: uma técnica competente, gerentona brava, dura, que corria longe das mazelas dos políticos profissionais. Aquela que tudo sabia sobre energia, a mãe do PAC, a que, de fato, mandava em seu governo.Vencidos os palanques e a eleição, Dilma não prestou contas dos programas que coordenou para o seu padrinho, muito menos deu norte ou fôlego aos que prometeu iniciar. Projetos gerenciados por ela desde que assumiu a Casa Civil de Lula, há mais de quatro anos, empacam ou insistem em não sair do papel.O de saneamento tem menos de 2% concluído, os de ferrovias não chegam perto disso. Só para citar alguns exemplos. Com ela na presidência, o PAC só executou 0,25% dos recursos previstos.Dilma e a sua gestão se desentendem como se um fizesse oposição ao outro.Um dos melhores exemplos é o Minha Casa, Minha Vida, menina dos olhos da presidente. O programa não consegue sair do lugar. Ao contrário, anda para trás.Embora a Caixa Federal relate um milhão de casas em produção, menos da metade foi entregue e apenas 10% delas ao público alvo de até três salários mínimos. Ou seja: é impossível atingir a promessa de 60% de moradias para essa faixa de renda. O maior problema, alegam, é o custo do terreno, especialmente nas grandes metrópoles. Ora, não é admissível que o programa tenha sido planejado sem levar em conta essa variável. Seria admitir uma incompetência sem precedentes.Nem mesmo empreendimentos simbólicos escapam. O Residencial Nova Conceição, em Feira de Santana (BA), primeiro do programa, vendido e revendido a terceiros, virou caso de polícia.O de Governador Valadares (MG) é ainda mais irônico. Inaugurado por Lula e Dilma em fevereiro de 2010, com fogos, textos e fotos no site da Casa Civil e no blog da então candidata ilegal e extra-oficial, o conjunto destinava-se a famílias removidas de áreas de risco, que hoje correm o risco de nada ter: as casas, erguidas sobre um lixão, ruíram, outras foram saqueadas, estão sem telhas ou fiação.Não era bem essa a vida prometida.Em Parintins, no Amazonas, a falta de senso é de arrepiar. Para dar lugar às casas foram derrubadas 207 castanheiras que sustentavam 130 famílias. Fora o absurdo de o governo ser o agente desmatador, é claro que a compensação, com o plantio de mais de mil árvores idênticas, não foi feita.Ainda que fosse, só estariam maduras para garantir o sustento dos netos dos que perderam seu ganha-pão.Tida como estreante na política, Dilma não deveria sê-lo como gestora. Ou, então, tudo não passou mesmo de uma bem sucedida encenação. Conseguiram criar, com sucesso inigualável, a figura da gerente eficaz. Falta só tirar o script do papel.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

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